MUSICAS


Tinham as musicas de ninar
Que minha mãe vivia a repetir
Seus lindos versos a cantarolar
Para que eu pudesse dormir

Havia as musicas da infância
De uma brincadeira inocente
Que cantávamos com elegância
Embora fossemos pingo de gente

E as musicas da adolescência
Das rodas de encontros casuais
Que entoávamos com cadencia
Em sons praticamente iguais

Musicas da cruel despedida
Para alegrar os olhos de alguém
Que em meio à triste partida
Não suportava e chorava também

Musicas daquele amor sonhado
Suaves canções, doces poesias
Que dançávamos de rosto colado
Mergulhados em nossas fantasias

Musicas feitas de beleza
Musicas de nossa felicidade
Musicas que, com certeza
Tocarão na nossa saudade